Por: Dr. FRANCISCO ORNIUDO
FERNANDES - Médico Infectologista
Foi muito legal a
comemoração do aniversário do escritor/poeta, Reinaldo de Oliveira Sobrinho, dia
03 de fevereiro, no Restaurante Sal e Brasa, na Rua Fernando Luiz Henrique,
713, Bessa em João Pessoa/PB.
Fiquei muito honrado, com o convite do seu filho,
meu grande amigo, Leonardo para participar com Romilda, minha esposa, da
homenagem do núcleo familiar. Compartilharam deste inesquecível momento de
alegria, Leonardo/Vanda Oliveira Tarcisio/Návila Oliveira, Gilvandro
Oliveira/Tereza Rodrigues, Ricardo Navarro de Oliveira e a secretária do aniversariante,
Lúcia Fonseca. Reinaldo de Oliveira Sobrinho é membro da União Brasileira de
Escritores(Seção Paraíba), do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano,
Instituto de Genealogia e Heráldica da Paraíba, da Academia de Letras de
Campina Grande-PB, da Academia Cabofriense
de Letras(RJ), do Instituto Histórico e Geográfico do Rio grande do
Norte, e faz parte da Comissão Paraibana de Folclore. Terras de Massapê,
Variações do Folclore na Paraíba, Prosa Paraibana, Esboço de Monografia de
Areia e Anotações para a História da Paraíba, são obras que marcam a sua
trajetória de pesquisa.
No término da festa o
aniversariante brindou os presentes com um discurso que é exemplo de uma eterna
paixão, com o título: Uma Canção de Amor.
“Conseguirei vencer a
amargura da solidão que tanto me leva a pensar se ainda vivo.
É quando recordo o
querido Machado de Assis, que desejou ter nascido apenas um vagalume.
A dor da saudade quem
poderá definir?
Darcila era, por
assim dizer, o meu mundo de felicidade.
Hoje, por exemplo,
não vejo mais o encanto do seu sorriso.
Vocês me perdoem.
Porque aqui sou um homem sem destino.
Se fosse poeta,
deixaria nestas páginas um poema de amor que levaria contigo as lágrimas do
companheiro de todas as horas.
Agora tudo mudou.
Eu sou você, você sou
eu.
Hoje sou um homem
desolado e triste, mas ainda não perdi o poder de vencer esta solidão.
O coração, porém, não
morre. Tem o dom da eternidade.
Não sou poeta, mas
sempre trouxe no coração o doce lenitivo do romantismo.
Às vezes acordo
inteiramente dominado pelos fluídos da inspiração.
Ó minha querida
Darcila, que resplandeceu sob a luz do céu para me dizer baixinho que o nosso
amor é vida viva, porque guarda consigo o encanto da eternidade”.
Não me cansarei
jamais de repetir os versos de Adalgisa Nery:
“Enquanto eu viver
O meu pensamento será
teu
Não precisarei me
banhar na luz das madrugadas
Porque a minha aurora
és tu! ”
Todos os presentes
aplaudiram calorosamente e abraçaram escritor/poeta.
Darcila Gadelha de
Oliveira, esposa de Reinaldo de Oliveira Sobrinho, faleceu no dia 20 de novembro de 1971.