terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

EXEMPLO DE VITALIDADE: O ESCRITOR REINALDO DE OLIVEIRA SOBRINHO COMEMORA 0S 99 ANOS COM UMA CANÇÃO DE AMOR


Por: Dr. FRANCISCO ORNIUDO FERNANDES - Médico Infectologista 


Foi muito legal a comemoração do aniversário do escritor/poeta, Reinaldo de Oliveira Sobrinho, dia 03 de fevereiro, no Restaurante Sal e Brasa, na Rua Fernando Luiz Henrique, 713, Bessa em João Pessoa/PB. 


Fiquei muito honrado, com o convite do seu filho, meu grande amigo, Leonardo para participar com Romilda, minha esposa, da homenagem do núcleo familiar. Compartilharam deste inesquecível momento de alegria, Leonardo/Vanda Oliveira Tarcisio/Návila Oliveira, Gilvandro Oliveira/Tereza Rodrigues, Ricardo Navarro de Oliveira e a secretária do aniversariante, Lúcia Fonseca. Reinaldo de Oliveira Sobrinho é membro da União Brasileira de Escritores(Seção Paraíba), do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, Instituto de Genealogia e Heráldica da Paraíba, da Academia de Letras de Campina Grande-PB, da Academia Cabofriense  de Letras(RJ), do Instituto Histórico e Geográfico do Rio grande do Norte, e faz parte da Comissão Paraibana de Folclore. Terras de Massapê, Variações do Folclore na Paraíba, Prosa Paraibana, Esboço de Monografia de Areia e Anotações para a História da Paraíba, são obras que marcam a sua trajetória de pesquisa.
No término da festa o aniversariante brindou os presentes com um discurso que é exemplo de uma eterna paixão, com o título: Uma Canção de Amor.
“Conseguirei vencer a amargura da solidão que tanto me leva a pensar se ainda vivo.
É quando recordo o querido Machado de Assis, que desejou ter nascido apenas um vagalume.
A dor da saudade quem poderá definir?
Darcila era, por assim dizer, o meu mundo de felicidade.
Hoje, por exemplo, não vejo mais o encanto do seu sorriso.
Vocês me perdoem. Porque aqui sou um homem sem destino.
Se fosse poeta, deixaria nestas páginas um poema de amor que levaria contigo as lágrimas do companheiro de todas as horas.
Agora tudo mudou.
Eu sou você, você sou eu.
Hoje sou um homem desolado e triste, mas ainda não perdi o poder de vencer esta solidão.
O coração, porém, não morre. Tem o dom da eternidade.
Não sou poeta, mas sempre trouxe no coração o doce lenitivo do romantismo.
Às vezes acordo inteiramente dominado pelos fluídos da inspiração.
Ó minha querida Darcila, que resplandeceu sob a luz do céu para me dizer baixinho que o nosso amor é vida viva, porque guarda consigo o encanto da eternidade”.
Não me cansarei jamais de repetir os versos de Adalgisa Nery:
“Enquanto eu viver
O meu pensamento será teu
Não precisarei me banhar na luz das madrugadas
Porque a minha aurora és tu! ”
Todos os presentes aplaudiram calorosamente e abraçaram escritor/poeta.
Darcila Gadelha de Oliveira, esposa de Reinaldo de Oliveira Sobrinho,  faleceu no dia 20 de novembro de 1971.