quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Celebração marca homenagem do Departamento de Odontologia Social ao Prof. Dr. Roberto Lyra

 Celebração católica realizada na manhã desta quarta-feira (13/dez) marcou a homenagem do Departamento de Odontologia Social do Centro de Ciências da Saúde da UFPB a um dos seus ilustres docentes falecido no início deste mês, o Prof. Dr. Roberto Lyra.
Professores, servidores técnico-administrativos e estudantes participaram da celebração, que também contou com as presenças do Diretor do CCS, Prof. Dr. Reinaldo Nóbrega e da Chefe do Departamento de Odontologia Social, Profa. Dra. Patrícia Rabelo. Na ocasião uma mensagem de autoria de um dos maiores amigos e colega docente do Dr. Roberto Lyra, o Prof. Dr. Severino Celestino, emocionou os presentes.
 O Servidor técnico-administrativo Sr. Napoleão também homenageou o grande mestre Dr. Roberto Lyra lembrando sua trajetória de vida e seu valor profissional.
A família do Dr. Roberto Lyra esteve presente a celebração e agradeceu a homenagem ao querido ente.


Embora a solenidade tenha sido marcada pela saudade do grande colega, ela também serviu para homenagear a servidora Sra. Leozita, que se aposentou recentemente. Leozita foi saudada pelo Prof. Dr. Ricardo Duarte e por colegas funcionários, que destacaram seu valioso trabalho no apoio a formação em Odontologia.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Morre o Professor do Curso de Odontologia do CCS/UFPB Dr. Roberto Lyra


Na manhã desta segunda feira (03/dez) o Centro de Ciências da Saúde - CCS, da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, foi tomado de sobressalto com a triste notícia do falecimento de um dos grandes nomes da Odontologia Paraibana, Dr. Roberto Lyra. O falecimento ocorreu em São Paulo, onde o Professor estava interno numa unidade de terapia intensiva.

Os colegas e amigos do CCS/UFPB aguardam a chegada do corpo ainda nesta segunda-feira para prestarem as últimas homenagens ao estimado companheiro de docência.

Abaixo segue uma descrição do ecletismo que marcou a história de vida do Dr. Roberto Lyra publicada em 12 de julho de 2006, no site iparaiba.com.br, quando divulgou a participação do professor na 4ª Mostra de Música Popular da Paraíba:


"Roberto Lira de Brito nasceu em João Pessoa, Paraíba, É dentista, professor universitário, caricaturista e músico. Como músico toca gaita desde menino. Espelhando-se na mãe e no irmão mais velho adotou o pequeno instrumento – de quatro furos e oito tons – como uma maneira de se relacionar com a música. Depois, veio à troca do realejo pelo baixo. Junto com Zé Ramalho, e outros amigos, nos anos 60, integraram o grupo “Os demônios”. A gaita ficou esquecida até os tempos de acadêmico de Odontologia. Estimulado por um colega que tocava violão, tornou a beijar a gaita que tanto o realizava. Depois, veio outro afastamento do instrumento provocado pela pós-graduação, em São Paulo. Só se permitia Odontologia com muito estudo.
De volta a João Pessoa, nos anos 80, conheceu Maropo, músico e então dono do bar “O Boiadeiro”. Estimulado pelo fenomenal flautista, dedicou-se com afinco ao estudo da gaita de boca. Daí em diante teve a chance de tocar com grandes nomes da música paraibana de repercussão nacional, como Sivuca e Raphael Rabello. Conheceu Washington Espínola e gravaram o CD Afinidades, que ainda provoca bons comentários".


Na Odontologia Dr. Roberto Lyra foi um dedicado docente, que contribuiu efetivamente para a formação profissional nesta área.

Descanse em Paz, Dr. Roberto Lyra ! S A U D A D E S !!!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Após 37 anos UFPB tem novo Reitor oriundo do CCS - Profa. Dra. Margareth Diniz

Mais um marco histórico para o Centro de Ciências da Saúde da UFPB: Após 37 anos um de seus docentes assume o cargo de Reitor - Profa. Dra. Margareth Diniz.

Farmacêutica e Médica, a Profa. Margareth Diniz é lotada no Departamento de Ciências Farmacêuticas do CCS. Com Pós-Doutorado em Biotecnologia, já assumiu importantes cargos na administração da UFPB, tais como: Assessora de Pesquisa do CCS, Diretora Técnica do Hospital Universitário Lauro Wanderley e Diretora do CCS por dois mandatos. Neste dia 16 de novembro recebe o cargo de Reitora, com um mandato a cumprir até 2016.



O último Professor do Centro de Ciências da Saúde a ocupar o cargo de Reitor da Universidade Federal da Paraíba foi o Médico Humberto Carneiro da Cunha Nóbrega. Ele era formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia.Foi contratado como catedrático de Higiene da Faculdade de Medicina em 1950, Vice-Diretor da Faculdade de Medicina, Odontologia e Farmácia da Paraíba, Diretor da Faculdade de Medicina e Escola anexa de Enfermagem (1950), Vice-Reitor em 1957, Diretor do Museu da Imagem e do Som da UFPB (1967) e Reitor no período de 1971 a 1975. O professor Humberto Nóbrega faleceu em 1988.

A comunidade acadêmica do CCS aguarda com muita expectativa o Reitorado da Profa. Margareth Diniz, acreditando que ela fará uma grande gestão.

Desejamos pleno êxito à Profa. Margareth Diniz !

terça-feira, 9 de outubro de 2012

ELEIÇÃO PARA DIREÇÃO DO CCS OCORRERÁ NO DIA 25 DE OUTUBRO


O Centro de Ciências da Saúde - CCS, da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, realizará no próximo dia 25 eleição para renovação dos Cargos de Diretor e Vice-Diretor do Centro. Foi inscrita apenas uma Chapa, integrada pelos Professores Dr. Reinaldo Nóbrega de Almeida (Diretor) e Dr. João Euclides Fernandes Braga (Vice-Diretor). 



Os Integrantes da Chapa "CCS Mais e Melhor", Professores Reinaldo & João Euclides, iniciaram nesta terça-feira a divulgação do seu Plano de Trabalho entre os estudantes, servidores e professores do CCS. 






quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Profa. Dra. Miriam Nóbrega é escolhida para integrar Conselho de Assessoramento de Enfermagem do CNPq

O Conselho Deliberativo (CD) do CNPq, em reunião realizada em 23 do corrente, 
escolheu a Professora e Pesquisadora da UFPB, Profa. Dra. Miriam Nóbrega
para compor,como membro titular, o Comitê de Assessoramento de Enfermagem (CA-EF). 
O mandato da Dra. Miriam Nóbrega será de 03 (três) anos, correspondente ao
 período de 1º de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2015.
Dra. Miriam Nóbrega é pesquisadora CNPq 1C, Docente da Graduação em
Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em Enfermagem do CCS/UFPB,
Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Fundamentação da
Assistência de Enfermagem (GEPFAE) e Diretora do Centro CIPE . Já
publicou 14 livros, 22 capítulos de livros e 133 artigos científicos.
Em sua profícua vida acadêmica já orientou 44 mestres, 01 doutor, 22
trabalhos de Conclusão de Curso e 18 trabalhos de Iniciação Científica.
Na atualidade orienta 05 doutorandos, 04 mestrandos e 02 graduando em
iniciação científica.
 
Profa. Dra. Miriam no sem ambiente de trabalho no Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Fundamentação da
Assistência de Enfermagem (GEPFAE)
 

domingo, 13 de maio de 2012

HOMENAGEM AS MÃES



                                               FRANCISCO ORNIUDO FERNANDES
                                               orniudo@uol.com.br
                O segundo domingo do mês de maio, foi escolhido para homenagear as mães. Rendo o meu respeito às verdadeiras heroínas.
                Mães que são esquecidas nos presídios, cumprindo penas devido a crimes cometidos; algumas, que assassinaram os seus maridos devido a maus tratos. Outras, envolvidas no desastroso mundo das drogas;
                Mães vítimas da violência do estupro que, mesmo com o direito estabelecido pela constituição,  não praticaram o aborto;
                Mães solteiras, que foram seduzidas pela paixão, e, posteriormente, abandonadas pelo “príncipe” dos seus sonhos. Estas mães, que ainda sofrem com o desamparo familiar pela incompreensão;
                Mães que vitimadas por desastres naturais, desabamentos, enchentes, tsunamis, terremotos, ficaram responsáveis pelas tarefas do lar e da difícil educação dos filhos;
                Mães que foram afastadas e perderam os seus cônjuges, na missão absurda e desumana de uma guerra;
                Mães que vivem nas ruas pedindo esmolas,  nos cruzamentos de avenidas, na frente dos estabelecimentos comerciais, nas praças,  ou,  dormindo nas calçadas ou viadutos;
                Mães que vivem abandonadas nos asilos, que dificilmente recebem pelo menos o conforto de algum membro da família, ou amigas;
                Mães que foram acometidas de doenças mentais, e foram jogadas em hospitais ou clínicas psiquiátricas;
                Mães que tiveram os seus filhos e não tiveram condições de criá-los, abandonando-os nas calçadas, nos lixões da miséria, nos açudes;
                Mães solitárias da seca, drama que periodicamente afeta a vida dos nordestinos, levando os pais de família abandonarem  o seu aconchego na roça, deixando a mulher e os filhos,  em busca de trabalho para sobrevivência.
                Mães que renunciam o conforto da vida moderna, para dedicar-se plenamente ao seu filho (a), que nasceu com doença congênita incapacitante;
                Mães que mesmo nas adversidades do sertão, sem amparo no setor de saúde, consegue parir quatorze vezes, tendo como exemplo minha mãe, Ana Orcina Fernandes;
                Que todas as Mães, ricas ou pobres, brancas, loiras ou afrodescendentes, cultas ou analfabetas, abraçadas na  fé em Deus ou incrédulas, tenham um dia de esperança de um futuro promissor.

terça-feira, 8 de maio de 2012

PROFA. DRA. MIRIAM NÓBREGA LANÇARÁ LIVRO NO PRÓXIMO DIA 10



A Professora do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública e Psiquiatria da Universidade Federal da Paraíba Dra. Maria Miriam Lima da Nóbrega lançará no próximo dia 10, às 10hs, no Auditório do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa/PB, mais uma publicação acadêmica. Trata-se do Livro DIAGNÓSTICOS, RESULTADOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES HOSPITALIZADOS NAS UNIDADES CLÍNICAS DO HULW/UFPB UTILIZANDO A CIPE.  Na elaboração deste livro a Dra. Miriam Nóbrega contou com a colaboração de 22 profissionais de Enfermagem, entre eles Mestres e Doutores. Na obra os autores apresentam as "afirmativas diagnósticas, resultados e intervenções de enfermagem desenvolvidas para clientes hospitalizados em unidades clínicas do HULW/UFPB, como uma ferramenta a ser utilizada na implementação das fases do processo de enfermagem nessa instituição", afirma a Professora.
O livro que será lançado é resultado de um projeto de pesquisa que está vinculado ao Centro de Pesquisa da CIPE (Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem) do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba - Brasil (Center for ICNP Research and Development of the Federal University of Paraiba, Post-Graduate Program in Nursing - Brazil - An ICN Accredited Centre).


Dra. Miriam Nóbrega é pesquisadora CNPq 1C, Docente da Graduação em Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em Enfermagem do CCS/UFPB, Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Fundamentação da Assistência de Enfermagem (GEPFAE) e Diretora do Centro CIPE . Já publicou 14 livros, 22 capítulos de livros e 133 artigos científicos. Em sua profícua vida acadêmica já orientou 44 mestres, 01 doutor, 22 trabalhos de Conclusão de Curso e 18 trabalhos de Iniciação Científica. Na atualidade orienta 05 doutorandos, 04 mestrandos e 02 graduando em iniciação científica.

Pela qualificação de seus autores e pela importância da temática abordada no livro, a solenidade acadêmica de lançamento da obra será muito prestigiada pela comunidade científica da área da saúde da Paraíba.

CÂMARA DE VEREADORES DE JOÃO PESSOA REALIZARÁ SESSÃO COMEMORATIVA AO DIA DO ENFERMEIRO

A Câmara Municipal de Vereadores de João Pessoa realizará no próximo dia 11 Sessão Especial em comemoração ao dia do Enfermeiro, festejado no dia 12 de maio. A solenidade é uma propositura do Vereador Dinho e contará com a participação do COREN/PB, de outras entidades ligadas a categoria e dos profissionais da área da saúde, de modo particular os da Enfermagem.
Veja o convite:


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PESQUISADORES DO CCS/UFPB PUBLICAM CAPÍTULO NO LIVRO "PROTOCOLOS EM PSICOFARMACOLOGIA COMPORTAMENTAL"

Publicado no início deste ano mais uma obra literária no campo da psicofarmacologia. Trata-se do livro "PROTOCOLOS EM PSICOFARMACOLOGIA EXPERIMENTAL" de autoria dos Professores Dr. Elisaldo Carline e Dr. Fúlvio Mendes, Professores da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Na obra o capítulo de número 10, intitulado "Modelos animais para estudo de drogas antidepressivaS" tem autoria dos professores do Centro de Ciências da Saúde da UFPB Dr. Reinaldo Nóbrega de Almeida (Lider do Grupo), Dr. João Euclides Fernandes Braga, Dra. Rita de Cássia da Silveira e Sá, da Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Dra. Leandra Eugênio Gomes de Oliveira e do Dr. Franklin Ferreira de Faria Nóbrega, doutorando do Programa de Pós-graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos.
Este livro é uma importante publicação que servirá como guia para a pesquisa de drogas que atuam no sistema nervoso central, com ênfase em produtos naturais.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Rede social (ResearchGate) para cientistas, uma especie de facebook, tem mais de 1 milhão de usuários




Notícia da Agência FAPESP – Mais de 1,3 milhão de pesquisadores de diversos países – 35 mil só do Brasil – já se inscreveram na plataforma ResearchGate, uma espécie de
Facebook dos cientistas. A proposta da rede social é facilitar a comunicação e a troca de experiências entre pessoas que atuam na mesma área de investigação.


Como outras redes, o ResearchGate conta com diversos grupos de discussão, nos quais os membros podem fazer e responder perguntas. Mas, diferentemente de outros sites do
gênero, os perfis dos participantes são estruturados como se fossem um currículo científico, o que facilita a busca de usuários por área de atuação.



Além disso, os pesquisadores podem incluir um índice com suas publicações e um blog pessoal. Um calendário informa os participantes sobre eventos científicos em todo o
mundo e uma bolsa de empregos oferece mais de 13 mil vagas nas diversas áreas da ciência.

A plataforma é gratuita e foi criada em 2008 pelo médico alemão Ijad Madisch, graduado em Hannover e pós-graduado em Harvard. Ele conta que teve a ideia quando
fazia a pós nos Estados Unidos e deparou com um problema para o qual não achava resposta.


Madisch conheceu um colega que pesquisava o mesmo assunto e tentou manter contato com ele pela internet, mas sentiu que faltava uma ferramenta adequada para isso.



“Grande parte dos recursos gastos em uma pesquisa acaba cobrindo experiências malsucedidas, que não ganham espaço nas publicações”, disse.



Com o ResearchGate, segundo Madisch, os cientistas podem receber informações sobre os trabalhos de colegas do mundo inteiro, inclusive sobre as experiências que não deram certo. Isso evitaria repetir o que já se mostrou falho.



De acordo com os administradores do site, 30 brasileiros, em média, se registram diariamente.

Mais informações: www.researchgate.net

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Brasil tem déficit de enfermeiros - País empata com a Índia na segunda pior posição

Postado de:http://www.portaldaenfermagem.com.br/

Quando o assunto é o investimento na formação de enfermeiros, o Brasil possui a segunda pior posição entre os países industrializados. Para cada mil habitantes, existe apenas 0,9 enfermeiro, taxa semelhante à da Índia, e à frente apenas do Chile. Isso é o que revela estudo elaborado pela Organização e Cooperação para o Desenvol­vimento Econômico (OECD na sigla em inglês) com 40 países – os 34 membros da instituição e seis emergentes. Esta informação foi divulgada pelo jornal paranaense Gazeta do Povo, que divulgou o estudo da OECD.

A oferta de enfermeiros em relação à de médicos também coloca o país em último lugar na pesquisa, com 0,5 enfermeiro para cada médico, mesmo índice dos chilenos. A pesquisa, de 2009 e divulgada neste ano, leva em conta tanto os profissionais com graduação quanto aqueles que atuam como técnicos e auxiliares de enfermagem.

Para se ter um parâmetro, a Rússia, país com nível de desenvolvimento semelhante ao brasileiro, possui 8,1 enfermeiros por mil habitantes, e 1,9 enfermeiros para cada médico. Já a Índia e a China possuem índices um pouco acima, embora ainda baixos. No primeiro item, a campeã é a Islândia, com taxa de 15,3 enfermeiros por mil habitantes, e no segundo, a Irlanda, com cinco enfermeiros para cada médico.

Déficit preocupante

A pesquisa da OECD reflete um déficit conhecido das associações e conselhos que reúnem os profissionais de enfermagem no país. De acordo com a presidente da seção paranaense da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e secretária de saúde de Carambeí, nos Campos Gerais, Carmen Moura Santos, o Brasil necessitaria de pelo menos 350 mil profissionais a mais.

A falta é mais sentida em cidades do interior e nas regiões Norte e Nordeste, onde muitas vezes não há enfermeiros 24 horas por dia nos hospitais, ou então um mesmo enfermeiro assume mais de uma equipe ou é responsável por mais de uma unidade básica de saúde, o que é proibido por lei. “A distribuição é muito desigual, e em alguns locais esse índice [apresentado pela pesquisa] pode ser ainda menor, o que impacta na qualidade do serviço”, diz a enfermeira.

Pela lei, há diferenças entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Apenas o primeiro pode prescrever cuidados e é sempre o chefe da equipe, enquanto os demais podem executar os serviços, sempre sob a supervisão do enfermeiro. Cada equipe deve ter um enfermeiro, e deve haver sempre um profissional desta categoria à disposição 24 horas por dia.

Cuidados

A desigualdade na relação entre enfermeiros e médicos impacta negativamente na saúde, de acordo com o membro do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) Antônio Marcos Freire. “O médico é responsável pelo diagnóstico e por indicar o tratamento, mas é o enfermeiro que prescreve os cuidados e tem maior contato com o paciente. Logo, se estão em menor número, essa parte fica comprometida.”

Freire dá um exemplo que ilustra bem os problemas decorrentes dessa desproporcionalidade, que envolve a hora de dar à luz. Geralmente, cabe ao médico fazer o parto, mas é o enfermeiro o responsável por acompanhar a parturiente e ajudá-la com procedimentos que aliviem a dor, como massagens, mudanças na posição do leito e técnicas de respiração. Com o déficit, é comum que muitas não tenham esse acompanhamento.

“O enfermeiro pode ajudar a mulher nesse momento de ansiedade, ajudando-a a fazer a força necessária e a economizar energia. Em casos em que ela é orientada de forma incorreta ou nem é orientada, é comum que não tenha forças para empurrar o bebê e acabe sendo necessária uma cesárea, aumentando os riscos de morte materna”, diz Freire.

Preconceito é histórico

Historicamente, a Enfermagem sempre foi vista como um ofício menor se comparado com a Medicina, embora ambas tenham papeis igualmente importantes na área de Saúde. “É uma questão de cultura. A Medicina é uma ciência mais antiga, e o status social do médico sempre foi maior do que o do enfermeiro. Isso começa a mudar, até porque é o enfermeiro que está 24 horas com o paciente, e as pessoas começam a valorizá-lo”, analisa a coordenadora do Curso de Enfermagem da Faculdade Evangélica, Amarílis Schiaon Paschoal.

Antônio Marcos Freire lembra que a Enfermagem também sofreu preconceitos por ser historicamente uma profissão feminina, já que o machismo quando essa ciência surgiu considerava inferiores os ofícios ligados ao gênero. Quando escolheu seguir a profissão, há 15 anos, ele sofreu resistência inclusive dos pais. “Havia a ideia de que a Medicina era para os homens e a Enfermagem para as mulheres, pela noção de subserviência que havia entre as duas funções, da enfermeira servindo ao médico.” Já a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem no Paraná (ABEn-PR), Carmen Moura Santos, “as pessoas sempre reclamam por mais médicos, pois elas querem consulta, querem tratar, tomar remédios, mas o que faltam mesmo são mais enfermeiros, que focam principalmente nos cuidados e na qualidade de vida através da prevenção”.

Velhice abre mais vagas

Num país com cada vez mais idosos, as oportunidades de trabalho para os enfermeiros se multiplicam. Os brasileiros com mais de 60 anos somam 19,5 milhões, mas devem chegar a 64 milhões em 2050, refletindo na oferta de postos de trabalho na área de cuidados domiciliares. Os filhos serão em menor número, o que exigirá alguém com conhecimento técnico para cuidar dessas pessoas em casa. Nesse momento entra em cena o enfermeiro.

A professora do de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e mestre em Educação Ana Rotilia Erzinger explica que o enfermeiro pode atuar tanto na prevenção de doenças quanto nos cuidados com o idoso mais debilitado. Mas não se deve confundir o trabalho de enfermeiro com o de cuidador de idosos. “Somente o primeiro pode realizar procedimentos como manuseio de sondas e aplicação de injeções. O cuidador, geralmente um membro da família sem formação específica, é responsável por auxiliar o ido­­so em atividades da vida diária.”

A importância desse profissional em países que envelhecem é visível pela demanda de outras “nações idosas” que já recrutam enfermeiros no Brasil. Entre eles se sobressai o Canadá, onde 27% da população serão de idosos em 2030. A cidade de Quebec oferece curso de francês grátis e visto permanente para enfermeiros que queiram trabalhar por lá.

Hospitais disputam os profissionais

Quem resolve seguir carreira na área de Enfermagem tem pela frente uma boa gama de opções quanto à área de atuação. Em relação aos estágios de formação, é possível optar por seguir a carreira de auxiliar de enfermagem ou técnico em enfermagem. Ou, ainda, concluir o ensino superior e se formar enfermeiro profissional, chamado antigamente de enfermeiro de alto padrão.

“O auxiliar é responsável por cuidar dos pacientes de menor complexidade, como aqueles que estão em enfermarias, apartamentos ou suítes. Os técnicos, que estão numa categoria acima dos auxiliares, podem cuidar dos que estão em UTIs ou prontos-socorros. Ambos são formados em escolas de enfermagem e têm formação teórica e prática”, explica a gerente de enfermagem do Hospital Evangélico do Paraná, Ana Cláudia Giffhorn.

Em relação ao enfermeiro, que possui graduação em Enfermagem, é possível optar pelo cuidado direto com o paciente, em ambiente hospitalar, instituições de longa permanência (os antigos asilos) e empresas, ou então se especializar na área de administração (coordenando ou gerenciando equipes), de educação (dando aulas), pesquisa ou auditoria (uma espécie de avaliação sistemática do atendimento prestado).

Em muitos hospitais, de acordo com a enfermeira, o auxiliar ou técnico que opte pela graduação tem grandes chances de ser promovido. Esse profissional é muito valorizado, por iniciar a graduação – que proporciona o conhecimento científico – já com a experiência obtida no dia-a-dia.

Por causa do déficit de profissionais e da variedade de oportunidades, as instituições, em especial hospitais, costumam “competir” por profissionais, de acordo com Ana Cláudia. “A área é muito rica e sobram vagas. Isso permite que você deixe currículo em vários hospitais, que sofrem com essa falta. Isso permite escolher a melhor oferta em termos de condições de trabalho e salário.”

A gerente afirma, no entanto, que a remuneração ainda é um desafio e que, por isso, deve optar pela profissão quem realmente tem vocação. “Não se pode dizer que você irá ficar rico. O retorno é principalmente pessoal. Saber que você pode aliviar a dor de alguém e fazer diferente para cada paciente. Isso é algo muito emocionante.”

Trabalho

Curitiba (PR) reduz jornada para 30 horas

A partir de março, os enfermeiros que trabalham na rede municipal de saúde de Curitiba passarão a cumprir uma jornada de 30 horas semanais, uma reivindicação antiga da categoria e que atualmente é tema de projeto de lei no Congresso Nacional. Hoje, a jornada é de 40 horas. A redução foi aprovada em segundo turno pelos vereadores da capital no final do ano passado, após protestos dos servidores.

A professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Ana Rotília Herzinger afirma que reduzir a jornada ajuda a diminuir a probabilidade de erros cometidos por causa do cansaço. Hoje, fala-se muito em “erro médico”, mas também é razoável o número de erros de enfermagem, até porque o profissional passa mais tempo com o paciente do que o médico.

“Mais tempo livre também possibilita aos enfermeiros mais disposição para investir na formação continuada e assim aumentar a renda. Isso contribui para que os enfermeiros invistam mais na área de cuidados diretos com o paciente, que hoje começa a perder espaço para a área de gestão, quando o enfermeiro realiza apenas atividades de administração.”





Fonte: Gazeta do Povo